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sábado, 11 de setembro de 2010

Coluna política por Evandro Rocha

DELÍRIOS INFUNDADOS
O recente episódio de quebra de sigilo fiscal envolvendo pessoas ligadas ao PSDB, trás a tona uma velha mania brasileira: a generalização. Faz dois meses que o escândalo explodiu. No final de junho, um jornal de São Paulo, denunciou que o grupo que se dizia incumbido de montar dossiês para a campanha petista, tinha em mãos cinco declarações de renda do vice-presidente do PSDB .Também se sabe que, além deste, outros três tucanos, os donos de uma grande loja de varejo, uma famosa apresentadora de TV, e a filha do candidato tucano a presidência, também estão na lista. Evidentemente, este ”escândalo” tem que ser apurado com o rigor necessário, pois não é admissível numa sociedade democrática, tamanho descalabro.Todavia, o que está acontecendo é o uso indevido do fato para fins eleitoreiros, visando desestabilizar a campanha petista. Não há nenhum indício de participação direta, ou indireta, da candidata, ou de dirigentes petistas no episódio, como estão querendo mostrar. É notório que a oposição está buscando um fato novo na campanha eleitoral. A esperança é a de que este fato possa mudar as tendências de ascensão da petista e de queda do tucano, invertendo as pesquisas e levando a campanha para um improvável segundo turno. Contudo, a violação ocorreu no dia 30 de setembro de 2009, quando ainda não estava definido o candidato tucano ao Planalto. Além disso, consta que cerca de 300 pessoas tiveram seus sigilos fiscais violados naquele mesmo dia. Ou seja, por maiores que sejam os esforços para que o caso se torne decisivo na disputa eleitoral, algumas perguntas permanecem no ar. Se a pretensão é investigar e apurar os fatos, é preciso encontrar respostas para elas antes de tirar conclusões precipitadas. Se foi alguém ligado à campanha do PT, porque faria isso a um ano atrás, quando os governadores de São Paulo e Minas Gerais, se engalfinhavam pela indicação da candidatura tucana e a campanha da petista sequer havia sido estruturada? Ou, isto seria mais um estratagema tucano para minar a candidatura oficial? O fato é que o suposto “escândalo” parece não ter surtido o efeito eleitoral almejado, tanto que, o candidato tucano, jogou a “batata quente” para o presidente do partido, e disse que não vai mais se pronunciar sobre o caso. Pelo visto, não foi dessa vez que, a oposição e determinados setores da imprensa, tiveram sucesso em seu intento de desestabilizar a candidata oficial e o atual governo. Apenas, deliraram infundadamente!

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