Visitas

segunda-feira, 24 de maio de 2010

A segunda letra - por Giovanna Guterres

Casório?! de Marian Keyes - Resumo e Crítica por Giovanna Guterres.


CASÓRIO!? Este livro de 644 páginas foi escrito por Marian Keyes, Irlandesa, que consegue escrever com muito bom humor, e descrever as complexas relações de trabalhadores de baixa renda que são imigrantes em Londres, o sofrimento em adaptar-se no gélido país, e as relações de amizade e cumplicidade que se desenvolvem em pubs, que é para onde a maioria dos imigrantes vão a fim de encontrar calor humano e identidade.
Pela capa e folha de rosto eu jamais compraria este livro, mas logo nas primeiras páginas me senti relaxada e rindo muito com as diversas situações descritas. Os personagens conseguem fazer de suas vidas uma aventura para escapar do frio e da melancolia, da falta de identificação com a cultura britânica e para lidar com as diferentes personalidades que as pessoas carregam em suas bagagens por serem quase sempre de culturas diversas. Pessoas que a Inglaterra acolhe e dá a oportunidade de emprego, moradia e para muitos uma qualidade de vida bem melhor do que as que tinham em seus países de origem.
Mudei de idéia:
Compraria sim este livro e recomendo a todos àqueles que se interessam pelo cotidiano nas diversas culturas existentes em nosso mundo, principalmente a de pessoas que sofrem por terem que enfrentar mudanças em suas vidas, fora de casa e longe de seus países de origem.
______________________________________________________________ Resumo:

Um escritório no centro de Londres. Uma Irlandesa que passou a vida querendo ser o melhor para sua mãe exigente e amarga que achava que o melhor nunca seria alcançado pela filha, muito menos pelo seu pai que ela tanto amava e que cresceu vendo-o ser humilhado e entupir-se de álcool para abstrair as agressões da esposa. Após se formar em secretariado para satisfazer a mãe, o melhor mesmo era sair de casa, arrumar um emprego dentro das qualificações que ela possuía e se livrar do massacre diário.
Lucy passa os seus dias todos iguais e previsíveis. Divide um apartamento alugado com duas amigas e odeia sua vida profissional. Encontrar-se a noite com suas amigas e tomam todas nos pubs do centro de Londres. Nos finais de semana mais bebedeira e festas. Suas amigas sempre arrumam companhia para o resto da noite, mas Lucy sempre volta só para casa. Então ela sai à procura de um filme numa locadora, compra uma garrafa de vinho e bastante chocolate para preencher o vazio. É quando suas amigas de escritório a convidam para ir a uma taróloga. É claro que Lucy não acredita em previsões do gênero, mas após a consulta não custa nada olhar mais para os lados, uma vez que a taróloga disse que o amor da sua vida está bem perto dela e ela não percebe. Sem contar que em breve ela estará casada. Na noite posterior à consulta, numa festa, ela conhece Gus, o cara que tem tudo que ela gosta, e ela acredita ser ele seu príncipe encantado: despojado, beberrão e bem humorado, Gus a faz feliz e explorada, mas a parte da exploração ela abstrai, afinal ele pode ser o homem da sua vida e não percebe ou não quer perceber o quanto ele é cafajeste.
Um dia sua mãe lhe procura e diz que não suporta mais as bebedeiras de seu querido pai e vai sair de casa. Gus some e como Lucy está totalmente desiludida resolve voltar para a casa dos pais e cuidar sozinha de seu pai. Aos poucos ela descobre o porquê de tanto altruísmo com os homens. Era a figura do pai que ela procurava neles. O seu pai é o retrato de tudo que ela viveu em sua vida amorosa. Totalmente irresponsável e egoísta e num alto grau de uma doença que ela desconhecia nele: o alcoolismo. Lucy perde todas as suas economias, sua liberdade e sua vida social tentando a todo custo salvar seu pai. É quando percebe o quanto ser livre e sem responsabilidades com suas amigas de escritório e em seu apartamento bagunçado lhe faz falta. As noites de farra acabaram.
Apenas um homem esteve o tempo todo ao seu lado: Daniel. Mas, namorar com ele estava fora de cogitação. Daniel era normal e formal demais para Lucy, e só era procurado por ela para salvá-la das trapalhadas em que ela se envolvia. Como homem, ele era um clichê de bom moço que não a atraía. Da sua amizade com Daniel e da sua influência sobre ela, ele consegue que Lucy tome as decisões mais importantes da sua vida: Rever a sua impaciência com a mãe, olhar de frente para o seu pai, e se olhar no espelho.


2 comentários:

  1. Olhando para a capa eu também não leria. Mas depois de ler seus comentários sobre ele me deu vontade de ler.

    ResponderExcluir
  2. Isso é verdade ou foi pra me agradar? rssss

    ResponderExcluir